A LEI DA SEMEADURA

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Pr. Domingos Machado

06/06/2023


“…quem planta pouco colhe pouco; quem planta muito colhe muito”. (2 Cor 9:6,7)

O apóstolo Paulo era um erudito. Quando lemos suas cartas ficamos impressionados com a amplidão de sua visão de mundo. Ele possuía um vasto conhecimento de diversas áreas do saber de sua época. No excerto acima o vemos lançar mão dos conhecimentos da agronomia para aplicar um princípio espiritual importante à vida dos cristãos de Corinto: a lei da semeadura.

O apóstolo estava levantando entre as igreja gentílicas uma campanha de donativos para os crentes da Judeia. Ele então encoraja os corintos a participar e pede que os irmãos façam os preparativos necessários a fim de que, quando chegasse à cidade, não precisasse fazer coletas. Suas palavras são: “…quem planta pouco colhe pouco; quem planta muito colhe muito. Que cada um dê a sua oferta conforme resolveu no seu coração, não com tristeza nem por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria” (2 Cor 9:6,7).

Nessa passagem o apóstolo deixa claro três princípios que devem subsidiar nossa prática da contribuição no reino de Deus. Em primeiro lugar, a proporcionalidade. Devemos semear de acordo com a proporção da nossa colheita: “quem planta pouco colhe pouco; quem planta muito colhe muito”. Não se deve esperar mais do que nossas sementes são capazes de produzir. Não espere colher uma tonelada de feijão plantando apenas dois grãos. Se você deseja um colheita farta, então esteja preparado para lançar a quantidade de sementes suficientes para produzir tal colheita. Não me entenda mal, esse princípio nada tem a ver com barganhar com Deus, o que o apóstolo está nos ensinando é a fidelidade ao Deus que dá tanto a semente quanto o seu fruto. Se Deus te deu muito, dê a ele na proporção do recebido. Mas se você quer mais de Deus, então seja fiel e semeie na proporção do desejado.

Em segundo lugar, temos o princípio da voluntariedade: “Que cada um dê a sua oferta conforme resolveu no seu coração”. Contribuir para o reino é um gesto que deve ser motivado apenas pelo amor. Qualquer oferta constrangida por outras motivações não é agradável a Deus. Uma pessoa pode dar dinheiro na igreja por várias motivações espúrias como: para cumprir uma obrigação, para livrar-se da culpa que sente por não ofertar, para gratificar-se a si mesmo, para buscar prestígio e reconhecimento na comunidade local, ou para barganhar com Deus, isto é, por ambição ao dinheiro. Qualquer coisa que fazemos ou damos para Deus que não seja movido por amor e gratidão ao Senhor e à sua igreja, é fogo estranho no altar. O princípio que Paulo estabelece é claro: “conforme o que você resolveu no seu coração”.

 Por fim, temos o princípio da satisfação. Toda nossa contribuição deve ser acompanhada de um coração alegre, isto é, quando nossa única motivação é o amor, o sentimento que acompanha nossas ofertas não pode ser outro que não a alegria. Que ama a Deus e é grato a Ele por tudo que recebe não dá com relutância, constrangimento e obrigação. Dá com liberalidade e com muita alegria de ter a honra de poder ver sua vida sendo usada por Deus e para a glória dEle. Deus ama ao que dá com alegria. Além disso, diz o apóstolo Paulo que, a quem dá com alegria, “Deus concede todo tipo de bênçãos, para que, em todo tempo, tenha tudo de que precisa, e muito mais ainda, para repartir com outros” (2 Cor 9:6,7). Amado leitor, que seja assim a nossa contribuição. Que ele te faça transbordar de toda sorte de bênçãos materiais e espirituais em Cristo Jesus.

Pr Domingos Machado

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