UMA MULHER SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS

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Pr. Domingos Machado

28/03/2023


“Então, disse Maria: Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra. E o anjo se ausentou dela”. (Lucas 1:38)

Para além da mariolatria que, infelizmente, maculou a imagem de Maria, a mãe biológica de nosso salvador, e que ainda persiste em nossos dias, precisamos reconhecer a mulher especial que ela foi. Não, ela não tinha, não tem e nunca terá poderes especiais, quer seja para interceder ou salvar ninguém. Não é nada disso. Suas virtudes estão restritas ao seu caráter cristão e ao modo como viveu. Caráter e virtudes, aliás, que todos os cristãos, e especialmente as mulheres, deveriam imitar. Creio que ela não foi uma mulher qualquer, posto que Deus não escolheria qualquer mulher para uma missão tão nobre como a que Maria desempenhou. Não tenho dúvidas de que Maria foi uma mulher segundo o coração. E neste dia Internacional da Mulher, convido você a uma breve reflexão as marcas do caráter cristão dessa extraordinária mulher de Deus que as tornaram uma mulher especial.

Quando perlustramos as páginas do Novo Testamento que lhe fazem referência, embora poucas, podemos apreender com facilidade as marcas desse santo caráter cristão. Primeiro, destacamos, por exemplo, sua inabalável confiança na palavra de Deus. Ao receber o anúncio de que ficaria grávida pelo Espírito Santo e daria à luz ao Salvador, ela não duvidou. Ao consultarmos as Escrituras podemos perceber que esse tipo de anúncio provocou reações mais diversas em vários homens e mulheres de Deus do Antigo Testamento. Por exemplo, Sara, a esposa do pai da fé, Abraão, riu; Zacarias, o sacerdote de Deus, duvidou do anúncio angelical; Maria, entretanto, crendo, se submeteu dizendo: Aqui está a serva do Senhor, que se cumpra em mim conforme a tua palavra (Lc 1:38a). Ela não foi matriarca e nem sacerdotisa de Deus, apenas uma mulher comum, com uma fé incomum.

Em segundo lugar, Maria demonstra uma firme decisão de se submeter à vontade de Deus. Tinha todas as razões para fazer como Moisés e Isaías, que disseram: envia outro, Senhor. As circunstâncias eram extremamente desfavoráveis para ela. Uma jovem solteira grávida se arriscava ao desastre. A menos que o pai da criança aceitasse casar-se com ela, havia a possibilidade de que ficasse sozinha para toda a vida. Se o pai a rechaçasse, poderia ver-se forçada a mendigar ou prostituir-se a fim de sobreviver. E Maria, com essa história de estar grávida por obra do Espírito Santo, arriscava-se também a que a considerassem louca. Contudo, ela se submeteu.

Decorrente disso, em último lugar, Maria foi uma mulher segundo o coração de Deus por sua invejável coragem em assumir os riscos de fazer a vontade de Deus. Maria estava noiva de José. Esse compromisso, segundo a cultura da época, durava um ano e era tão sério quanto o matrimônio, de modo que só podia ser dissolvido pelo divórcio. Se a noiva aparecesse grávida e o noivo a acusasse de adultério, ela poderia ser apedrejada. Maria sabia de todos esses riscos. Porém, diante da proposta divina, disse: “...que se cumpra em mim conforme a tua palavra”. Isso se chama coragem. Uma invejável coragem de assumir riscos para cumprir os planos de Deus. Será que isso falta às mulheres de nossos dias? A igreja precisa de mulheres destemidas e prontas para se submeter à vontade de Deus a despeito dos riscos que tenha que correr.

Neste 08 de março, convido você à reflexão e também o desafio a ser como Maria, uma pessoa segundo o coração de Deus. Tenha inabalável confiança em sua palavra e seja destemida em se submeter aos planos que Deus tem para você. Que Deus te abençoe em nome de Jesus.

Pr. Domingos Machado

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